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Cartas Na Mesa

by STANDBY STEREO

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1.
Conta-me uma mentira Estou cheio de saber A tragédia do dia Quando cai a doer Dá-me a novidade Mas dá-me em surpresa Deixa-me o presente em cima da mesa É tudo o que eu queria Conta-me uma mentira Não quero mais saber O que me vai na cabeça Ou o que ando a fazer Dá-me ruído de fundo E as luzes a queimar Esconde-me frente ao tempo Antes que perca o lugar É tudo o que eu queria
2.
Tudo o que sabes, sabes bem que só sabes de cor E o que fazes, pensa bem se o fazes por amor É arrepio, calafrio que te deixa sem cor A sintonia de outro dia que só cria rancor Marés se formam sem aviso nos teus olhos de céu Tens uma dúvida que nunca te fizeste vencer Agora pedes a razão para voltar a crer Mas a razão eras tu que a tinhas de ver Mordes o lábio, o sangue escorre sem ardor Tens um desejo que escreves seja a quem for Solta o suspiro, o tiro que alivia a dor O teu beijo esconde o segredo Face oculta do teu invento Bebes, sóbria, esse veneno Que renova o teu alento Ardem folhas do teu diário Enquanto danças sem sentimento Juras ocas sob uma lua Que se esfuma do pensamento Mordes o lábio, o sangue escorre sem ardor Tens um desejo que escreves seja a quem for Solta o suspiro, o tiro que alivia a dor Um mundo que gira preso num dia de mágoa e solidão Como caía uma fotografia, rasgada, até ao chão
3.
Tu disseste o que tinhas para dar Já sabias que irias colocar Condições que emanam bem do fundo do teu ser Esse é o teu jeito de te dar a conhecer Foi a minha escolha querer-te perceber Engolir as pedras só p’ra te ver a sorrir Eu sei que este dia há-de um dia perecer Mas hoje é nos teus braços que me deixarei cair Tu tentaste aprender a confiar Mas sabias que irias acordar Sentimentos velhos que ocultam a refém Semente de um beijo que jamais deste a alguém Foi a minha escolha querer-te perceber Engolir as pedras só p’ra te ver a sorrir Eu sei que este dia há-de um dia perecer Mas hoje é nos teus braços que me deixarei cair
4.
Colorindo o chão de Outono Oiço o céu a chorar Prometendo uma trégua Assim que o vento o deixar Mas o vento vem por mim Traz com ele ecos da tua voz E deixa reflectida na água Aquela tua lua de Inverno Quebra-se a luz Estilhaços no chão Olhos ao alto Pés no degrau Vou pedindo uma boleia Sei onde vou querer chegar Mas por onde quero ir Ainda estou a decidir À procura de uma história Contada com um final feliz Viro a página, viro a página Lento ou rápido, tanto faz Quebra-se a luz Estilhaços no chão Olhos ao alto Pés no degrau
5.
Sorvo, sôfrego, o teu hálito quente Quebro palavras como quebro tabus Somos unos, somos carne e alma Somos linhas que não têm um fim Guias meus dedos entre tons de loucura Embriagados pela tua paixão E aos poucos escrevo na tua pele Notas que deixam a verdade a nu Sou lobo mau em pele de cordeiro Eu dispo a minha se despires a tua primeiro Tão natural quanto respirar É tão fácil quanto te amar Porque não há amor sem companhia O nosso amor é pornografia Sou lobo mau em pele de cordeiro Eu dispo a minha se despires a tua primeiro
6.
Cíclico 03:56
Meramente uma peça insignificante Nesse plano a linha fina desenhado P’ra final e recomeço projectado Mais um dia a perder É mais uma vida a nascer Cumpro o avanço, perpétuo e constante Na resistência de interna sabotagem Instigando a revolta na imagem Mais um dia a perder É mais uma vida a nascer As rodas não param de girar Cínicas, sem parar A máquina devora-me a alma Devora a minha alma No cruel ritmo dos braços do relógio Oiço os seus passos, metálicos, a ecoar P’ra lembrar que não há forma de escapar Mais um dia a perder É mais uma vida a nascer As rodas não param de girar Cínicas, sem parar A máquina devora-me a alma Devora a minha alma

credits

released November 1, 2018

℗ & © 2018 STANDBY STEREO

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STANDBY STEREO Amarante, Portugal

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