1. |
Conta-me Uma Mentira
03:48
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Conta-me uma mentira
Estou cheio de saber
A tragédia do dia
Quando cai a doer
Dá-me a novidade
Mas dá-me em surpresa
Deixa-me o presente em cima da mesa
É tudo o que eu queria
Conta-me uma mentira
Não quero mais saber
O que me vai na cabeça
Ou o que ando a fazer
Dá-me ruído de fundo
E as luzes a queimar
Esconde-me frente ao tempo
Antes que perca o lugar
É tudo o que eu queria
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2. |
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Tudo o que sabes, sabes bem que só sabes de cor
E o que fazes, pensa bem se o fazes por amor
É arrepio, calafrio que te deixa sem cor
A sintonia de outro dia que só cria rancor
Marés se formam sem aviso nos teus olhos de céu
Tens uma dúvida que nunca te fizeste vencer
Agora pedes a razão para voltar a crer
Mas a razão eras tu que a tinhas de ver
Mordes o lábio, o sangue escorre sem ardor
Tens um desejo que escreves seja a quem for
Solta o suspiro, o tiro que alivia a dor
O teu beijo esconde o segredo
Face oculta do teu invento
Bebes, sóbria, esse veneno
Que renova o teu alento
Ardem folhas do teu diário
Enquanto danças sem sentimento
Juras ocas sob uma lua
Que se esfuma do pensamento
Mordes o lábio, o sangue escorre sem ardor
Tens um desejo que escreves seja a quem for
Solta o suspiro, o tiro que alivia a dor
Um mundo que gira preso num dia de mágoa e solidão
Como caía uma fotografia, rasgada, até ao chão
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3. |
Condições Dos Termos
04:00
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Tu disseste o que tinhas para dar
Já sabias que irias colocar
Condições que emanam bem do fundo do teu ser
Esse é o teu jeito de te dar a conhecer
Foi a minha escolha querer-te perceber
Engolir as pedras só p’ra te ver a sorrir
Eu sei que este dia há-de um dia perecer
Mas hoje é nos teus braços que me deixarei cair
Tu tentaste aprender a confiar
Mas sabias que irias acordar
Sentimentos velhos que ocultam a refém
Semente de um beijo que jamais deste a alguém
Foi a minha escolha querer-te perceber
Engolir as pedras só p’ra te ver a sorrir
Eu sei que este dia há-de um dia perecer
Mas hoje é nos teus braços que me deixarei cair
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4. |
Quebra-se A Luz
04:17
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Colorindo o chão de Outono
Oiço o céu a chorar
Prometendo uma trégua
Assim que o vento o deixar
Mas o vento vem por mim
Traz com ele ecos da tua voz
E deixa reflectida na água
Aquela tua lua de Inverno
Quebra-se a luz
Estilhaços no chão
Olhos ao alto
Pés no degrau
Vou pedindo uma boleia
Sei onde vou querer chegar
Mas por onde quero ir
Ainda estou a decidir
À procura de uma história
Contada com um final feliz
Viro a página, viro a página
Lento ou rápido, tanto faz
Quebra-se a luz
Estilhaços no chão
Olhos ao alto
Pés no degrau
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5. |
O Amor É Pornografia
05:27
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Sorvo, sôfrego, o teu hálito quente
Quebro palavras como quebro tabus
Somos unos, somos carne e alma
Somos linhas que não têm um fim
Guias meus dedos entre tons de loucura
Embriagados pela tua paixão
E aos poucos escrevo na tua pele
Notas que deixam a verdade a nu
Sou lobo mau em pele de cordeiro
Eu dispo a minha se despires a tua primeiro
Tão natural quanto respirar
É tão fácil quanto te amar
Porque não há amor sem companhia
O nosso amor é pornografia
Sou lobo mau em pele de cordeiro
Eu dispo a minha se despires a tua primeiro
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6. |
Cíclico
03:56
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Meramente uma peça insignificante
Nesse plano a linha fina desenhado
P’ra final e recomeço projectado
Mais um dia a perder
É mais uma vida a nascer
Cumpro o avanço, perpétuo e constante
Na resistência de interna sabotagem
Instigando a revolta na imagem
Mais um dia a perder
É mais uma vida a nascer
As rodas não param de girar
Cínicas, sem parar
A máquina devora-me a alma
Devora a minha alma
No cruel ritmo dos braços do relógio
Oiço os seus passos, metálicos, a ecoar
P’ra lembrar que não há forma de escapar
Mais um dia a perder
É mais uma vida a nascer
As rodas não param de girar
Cínicas, sem parar
A máquina devora-me a alma
Devora a minha alma
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